Utilizações da pectina na indústria farmacêutica
Utilizações da pectina na indústria farmacêutica
Introdução
A pectina, um coloide hidrofílico natural derivado das paredes celulares das plantas, é amplamente reconhecida pelo seu papel na indústria alimentar.
No entanto, as potenciais utilizações da pectina na indústria farmacêutica estão agora a ser descobertas.
Este artigo analisa as diversas utilizações da pectina na medicina, destacando a forma como este polissacárido é aplicado no tratamento de várias doenças e o seu papel crescente nas formulações de medicamentos.
Aplicações da pectina em medicina
A versatilidade da pectina torna-a valiosa numa vasta gama de aplicações farmacêuticas, desde tratamentos gastrointestinais a sistemas de administração de medicamentos.
1. Propriedades anti-diarreicas
A pectina é normalmente utilizada em combinação com outras substâncias, como o psyllium, para criar compostos que ajudam a gerir problemas digestivos como a diarreia. Estas formulações apresentam-se sob várias formas, incluindo comprimidos, pós e cápsulas.
A pectina ajuda a acalmar o trato digestivo, a prevenir a recorrência de úlceras e a aliviar a dor relacionada com a úlcera, tornando-a um ingrediente crucial nos tratamentos gastrointestinais.
2. Potencial de combate ao cancro
Pectina cítrica modificada (MCP) está a ganhar atenção pelo seu potencial papel na inibição do crescimento tumoral e das metástases.
A investigação indica que a capacidade da pectina para interferir com as interações celulares poderia ajudar a reduzir a propagação do cancro, particularmente nos casos de cancro colorrectal.
3. Proteção gastrointestinal
A pectina forma uma camada protetora sobre o estômago e o revestimento intestinal, ajudando a evitar danos causados por inflamações ou úlceras.
É frequentemente incluído em medicamentos destinados a tratar a colite ulcerosa, a gastrite e outros distúrbios gastrointestinais, graças à sua ação suave mas eficaz nas superfícies mucosas.
4. Controlo do colesterol e do açúcar no sangue
Foi demonstrado que a pectina reduz a absorção de colesterol no organismo, o que a torna eficaz no controlo da hipercolesterolemia e na prevenção da aterosclerose.
Também ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, especialmente quando associado a outros ingredientes como o crómio, oferecendo potenciais benefícios para os doentes diabéticos.
5. Efeitos antimicrobianos e desintoxicantes
A capacidade da pectina de se ligar aos metais pesados e de os eliminar do organismo é uma vantagem importante no tratamento do envenenamento por metais pesados.
Também apresenta propriedades antimicrobianas, particularmente contra bactérias gram-negativas, tornando-o um componente valioso em várias formulações antibacterianas.
O papel da pectina na formulação de medicamentos
As propriedades únicas da pectina, tais como as suas capacidades de gelificação e aglutinação, fazem dela um excipiente preferido nas formulações farmacêuticas. Algumas das suas principais utilizações incluem:
1. Pomadas
As pomadas à base de pectina proporcionam uma libertação sustentada de ingredientes activos, formando uma película protetora sobre úlceras ou áreas inflamadas. Combinando pectina com carboximetilcelulose e adicionando agentes antibacterianos, anestésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, estas pomadas podem ser formuladas para tratar queimaduras, otite média e dermatite por radiação.
Além disso, podem ser criadas formulações com pectina e álcool polivinílico para tratamentos de saúde oral.
2. Esponjas hemostáticas
A pectina pode ser combinada com gelatina e carboximetilcelulose para produzir esponjas hemostáticas. Estas esponjas de espuma liofilizadas podem ser moldadas em folhas, cones ou blocos para tratar várias condições hemorrágicas, incluindo lesões externas, hemorragias nasais e hemorragia uterina funcional.
As esponjas com pectina são também eficazes como contraceptivos vaginais, controlando a libertação de espermicida de forma segura.
3. Microencapsulação
A pectina, quando misturada com gelatina e goma arábica, é utilizada para criar microcápsulas que proporcionam uma libertação controlada e mascaram os odores desagradáveis dos medicamentos.
Ao incorporar iões de sódio, potássio, cálcio e magnésio, a pectina pode formar comprimidos ou cápsulas para prevenir a fadiga induzida pelo exercício, proporcionando uma libertação prolongada de electrólitos essenciais.
4. Outras formulações
Para além de pomadas e microcápsulas, a pectina serve como agente espessante e emulsionante em líquidos orais, emulsões e xaropes.
Por exemplo, uma formulação emulsionada de subcitrato de bismuto com pectina pode tratar perturbações gastrointestinais.
A pectina também melhora a solubilidade e a biodisponibilidade de medicamentos pouco solúveis, aumentando a sua eficácia.
Conclusão
As utilizações da pectina na indústria farmacêutica são vastas e estão em constante expansão.
Desde o tratamento de distúrbios gastrointestinais até ao apoio a terapias contra o cancro e à criação de sistemas avançados de administração de medicamentos, a pectina provou o seu potencial para além da indústria alimentar.
À medida que a investigação progride, podemos esperar aplicações ainda mais inovadoras da pectina na medicina, tornando-a um ingrediente-chave nos futuros avanços farmacêuticos.
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